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1. |
Moiras
01:00
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2. |
A Velha
03:46
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Eu sou uma lembrança
De outra estrada
Criança, você vai me ouvir
Eu sou uma lembrança
Ando sob sua cabeça
Mesmo que se esqueça
Cê precisa de mim
Ainda que te estremeça
Te alcanço no fim
Levo a carne e a certeza
O seu lugar na mesa,
Sou precisa assim
Levo até sua beleza
Pra isso que eu vim
Sou aquela mais opaca
De onde a luz nunca escapa
Nem boa nem ruim
Quando eu passo com a minha capa
Cê ouve o flautim
Eu te caço minha presa
Vagarosa ou de surpresa
Cê me abraça enfim
Sou a única ilesa
Cê sabe que sim
Eu sou a velha dança
Da madrugada
Não sou forte nem sou fraca
Tô no barco que atraca
Sem farol
Sou a cinza que era rosa
E tô na isca saborosa do anzol
Sou tua íntima velhaca
A última estaca
Eu te tiro do casulo
Te salvo e te anulo
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3. |
Terra
04:39
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Quando a terra chama
Quando a terra chama
Nada te pertence
Nada te acompanha
Quando a terra chama
Quando a terra chama
Pele da serpente
muda de escama
Tem um rio correndo dentro de mim
Tava adormecido agora despertou
Tem um rio correndo
Água beija a pedra
Preparando a queda
Água beija pedra
A matéria cede
Quando o fogo despede
Da matéria-sede
Tem um rio morrendo dentro de mim
Foi apodrecendo e se desintegrou
(A matéria cede quando o fogo despede)
Tem um cheiro estranho o fim
Quanto tempo resta?
Quero a conta justa
Qual o caminho certo?
Como que atravessa?
Quanto mais honesta
Menos tudo assusta
Mais eu chego perto
Vou perdendo a pressa
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4. |
Fenda
03:05
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Fecho o olho pra enxergar
A escolha que é só minha
Tô no barco que flutua
Onde não tem pressa,
Onde não tem crença
Hoje eu vou me esvaziar
Num feitiço de banimento
A sombra cobrindo a lua
Ficando imensa,
Ficando imensa
Se me confunde
É mais profundo
Pra ver outras camadas
Eu vou me molhar
Na tempestade
Pular do abismo
Vou tentando ignorar
O ruído do pensamento
Viajante do invisível
O corpo é feito pra sentir
Deixo morrer
A nuance da ilusão
Quanto mais escura a noite
Mais claro fica
O que tem por dentro
Se me confunde
É mais profundo
Pra ver outras camadas
Eu vou me molhar
Na tempestade
Pular do abismo
Se me confunde
Vou mais pro profundo
Pra ver outras camadas
Vou silenciar
Pra enxergar no escuro
Ter peito vulnerável
Ser sincera e por inteiro
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5. |
Retrato Infinito
05:10
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Nesse trem
Qualquer hora ele vai chegar
A paisagem é só o que é
A terra é firme e não para
Conheço bem cada ponto
E me entrego mais
Em seguida o que vem atrás
A estrada mudou
Mesmo trem
Não sei quando vai chegar
A paisagem não é o que é
O movimento me agarra
Não vejo muito bem
A neblina cobre meus pés
Me lembro de um tempo
Que o mistério levou
Olha a raiz exposta
No maior vendaval
Eu tô além
De onde o trilho dá
Te encontro no final
Quando a terra descer
Vê meu bem
O mundo mudar
A lua que eu vi
Se lembra de mim
Lembra bem
Quando o sono chamar
E a noite cair
E o tempo disser
Que era tudo a cumprir
Vê a roda girar
Se lembra de que
Toda curva que é mais
Um retrato infinito de nós
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6. |
Nigredo
01:45
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Sólido, falta alma, gélido
Dentro do meu peito vai ficar
Solto
Senti você se levantar
No quarto escuro eu sonhei
A sua vida guardar
De repente tava
Sólido, já sem alma, gélido
Pra quem sabe até virar
Outro
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7. |
Semente
03:14
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Toda mentira
Vai virando cativeiro
Até se revelar
O bicho arisco
Estremece quando
O cheiro se espalha
Mesmo sentida
Atravesso o nevoeiro
Com a certeza
De que o caminho continua
Mesmo no fim da batalha
Toda semente guarda
Um universo inteiro na potência
Tem sempre um risco
Na cadência do ponteiro
O mistério é a maneira
De sentir passar
Não adianta perguntar
Lá fora não tem
Resposta pronta
Na constelação
O que o olho vê
Pode enganar
No vôo da águia
Dá pra ver o mar
É inútil se apegar
Ao que convém
Se o peito aponta
Em outra direção
Tentando prever
Pode se assustar
No vôo da águia
Dá pra ver o mar
Ficando em silêncio
Posso escutar
Toda mentira vai virando cativeiro
Até se revelar
Mas o caminho continua
Mesmo no fim da batalha
Toda semente guarda
Um universo inteiro na potência
Tem sempre um risco
Na cadência do ponteiro
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8. |
Roda
03:43
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Um passo e outro dia vai chegar
Enquanto eu canto aqui
Num canto um outro para no lugar
Na hora de sair
Desfaço a utopia devagar
E tento não cair
Levanto o véu que insiste em separar
O plano que eu não vi
Se fosse pra escolher
Podia até voltar
Tanto só pra ver
A história repetir
Num canto um outro para no lugar
Na hora de sair
E vai se perguntar
Por que não fez melhor
E vai se perguntar
O que não fez
Se fosse pra escolher
Podia até voltar
Tanto só pra ver
A história repetir (outra vez)
Se parece a escolha final
Impossível o tempo parar
Condição só agora ou depois
Nada volta, faz a volta e vai
Nada volta, só dá a volta e vai
Pelo centro, vê a roda e vai
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9. |
Espelho
04:24
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Sou princípio, meio e fim,
O meu ciclo não encerra
A força dentro de mim,
tá no céu, no sól, no mar, na terra
Sou um grão de areia,
Gota, brisa e centelha
Sou o que eu vejo em você
E também sou seu espelho
Grão de areia é montanha
A centelha é fogueira
A gota é oceano
E a brisa ventania
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PAPISA São Paulo, Brazil
PAPISA is Rita Oliva, a singer, songwriter, and producer who explores the connections between Brazilian music and alternative rock/dream pop.
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